Uma pesquisa feita pelo Datafolha feita com mais de 1.000 jovens entre 15 e 29 anos em 12 capitais, tirou algumas conclusões relacionadas ao consumo de música eletrônica no Brasil. Dizem os dados que dos 11 estilos fornecidos pela pesquisa, a Música Eletrônica ficou em nono lugar, acima apenas do Samba e Forró. Quem lidera a lista é o Sertanejo.
Segmentando ainda mais a pesquisa, o Datafolha separou as classificações por gênero, renda mensal e etnia. Entre pardos e pretos, a Música Eletrônica ficou na última posição. Entre mulheres e famílias com renda mensal de no máximo 2 salários mínimos, também ficou em último.
As posições nas quais a música eletrônica se destacou talvez sejam intuitivas: Sua maior porcentagem é de 15%, entre homens, seguida de 14% entre pessoas brancas. Movimento semelhante ao do Jazz e do Rock – que inclusive é o mais consumido pelos brancos – surgiu de minorias e foi adotado por grupos elitizados onde passaram a ser mais aceitos na sociedade.
Colocamos essa problematização em pauta apenas à título de reflexão: O que a cena da música eletrônica precisa para atingir outros públicos da juventude brasileira? Como podemos aumentar sua abrangência? Como chegar na classe mais pobre? Perguntas que precisamos responder quando falamos em expandir a música eletrônica para todos.