Roberta Close, de 58 anos, está passando uma temporada no Brasil, mas ao contrário do que muita gente especulou, ela não está no país a trabalho. Em entrevista exclusiva, ela negou ter recebido convite para qualquer participação em novela e disse ter recebido uma proposta de uma TV colombiana para fazer um documentário sobre sua vida.

“Eles me convidaram e eu achei o máximo poder contar um pouco da história da minha vida. Mas ainda temos que conversar e alinhar as coisas tudo direitinho. Fiquei feliz com o prestígio e de ser uma referência mundial para eles”, declara a modelo transexual sobre a Colômbia, que tem fortes movimentos de Liberação Homossexual na América Latina.

Quando Roberta iniciou a carreira, no início dos anos 1980, ela era considerada uma das mulheres mais bonitas do Brasil. Desejada por famosos na época, a modelo estampou diversas capas de revistas, inclusive um ensaio nu para a extinta Playboy, que deu o que falar na década de 90. Ao refletir sobre sua trajetória, a artista se enxerga como uma das pioneiras na área da moda.

“Abri muitas portas. Hoje em dia, quando olho, vejo muitas meninas seguindo o meu trabalho, se inspirando em mim. Acho que deixei uma escola de moda, porque não me lembro de ter em 1984, quando comecei, ter essa diversidade. Agora, estou vendo que abriu demais, vejo todos os tipos de gêneros. Vejo elas lindas brilhando. É lindo. É maravilhoso”, avalia.

“Realmente vivemos momentos muito diferentes. Acho que neste ponto o Brasil evoluiu muito. Evoluímos nas leis, na forma de tratar as pessoas, com dignidade, respeito, e isso me deixa muito contente. Demorou muito pra eu conseguir mudar meu nome. A história dos documentos foi complicada”, completa.

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