Chega às livrarias brasileiras no próximo dia 6 de junho o livro “Pageboy: memórias”, a emocionante autobiografia do ator Elliot Page. Um dos nomes mais amados do cinema, ele ganhou notoriedade após o sucesso do filme “Juno”, em que deu vida à personagem principal.
Com a fama, entretanto, veio a pressão de cumprir as expectativas da indústria que o consumia, pautada sobretudo em questões de binariedade. Revisitando desde a infância até a consolidação da carreira, que deixou de ser uma válvula de escape para se tornar um pesadelo, Page repassa todo o processo de compreensão da transgeneridade e sua relação com o mundo externo.
“Em meio às críticas recebidas e aos abusos praticados por algumas das pessoas mais poderosas da indústria do cinema, ao passado que o perseguia e a uma sociedade determinada a enquadrá-lo na binariedade, Elliot calava-se, sem saber o que fazer. Até que se cansou. E, aos poucos, começou a se aproximar de seus desejos, de seus sonhos e de si mesmo, sem a repressão que o sufocou por tanto tempo”
trechos do texto de apresentação.
Na obra, o ator se propõe a discorrer com muita franqueza sobre os limites que precisou impor em sua trajetória como pessoa queer. Narrado de forma visceral, o livro foi anunciado por aqui em abril e chega pela editora Intrínseca. A tradução fica por conta de Arthur Ramos.